quarta-feira, 25 de março de 2015



Introdução ao 


Reino Funji





O Reino Fungi compreende os organismos eucariontes, heterotróficos que se alimentam de nutrientes absorvidos do meio, com espécies unicelulares e multicelulares formadas por filamentos denominados hifas. São conhecidos popularmente por: leveduras (fermento), bolores, mofos, cogumelos e orelha-de-pau.

Existem espécies de vida livre ou associadas (em simbiose) com outros organismos, como, por exemplo, os liquens, uma relação harmônica interespecífica de fungos e algas. Contudo, algumas espécies são parasitas, mantendo relações desarmônicas com plantas e animais. A maioria é saprofágica, alimentando-se da decomposição de cadáveres.

A classificação dos quatro Filos obedece a critérios reprodutivos (diferença entre as estruturas reprodutivas), com ciclo de vida em duas fases: uma assexuada e outra sexuada.

Na assexuada formam-se esporos por divisões mitóticas, podendo essa fase se prolongar por indeterminado período em resposta às alterações ambientais, aguardando estímulo para desencadear o início da fase sexuada, por divisão meiótica.

Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide nos Filos: Ascomycetes, Phycomycetes, Basidiomycetes e os Deuteromycetes.

Ascomycetes (ascomicetos) → assim chamados em razão do processo de reprodução sexuada formando sacos, conhecidos cientificamente como ascos (daí a origem do nome), que posteriormente se transformam em esporos.

Phycomycetes (ficomicetos) → são os fungos mais simples, semelhantes a uma alga, contendo esporos dotados de flagelos.

Basidiomycetes (basidiomicetes) → formam estruturas reprodutivas denominadas basídios, cuja base encontra-se fixa ao corpo de frutificação (eixo de sustentação), ficando com extremidades livres formando os basidiósporos, estrutura que aloja os esporos (exemplo: cogumelos).

Deuteromycetes (deuteromicetes) → ou fungos imperfeitos, com estrutura reprodutora pouco detalhada e conhecida, sendo a grande maioria parasita causadores de doenças.


Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 24 de março de 2015

A importância dos fungos para os seres humanos


Os fungos são organismos eucariontes que apresentam nutrição heterotrófica, ou seja, não conseguem produzir seu próprio alimento. Seus principais representantes são os cogumelos, orelhas-de-pau, leveduras e bolores. Algumas espécies de fungos trazem grandes prejuízos aos seres humanos, como a deterioração de alimentos, doenças como candidíase, pano branco, micoses, aspergilose pulmonar etc., no entanto, outras espécies são extremamente importantes, como veremos a seguir.
Como dissemos anteriormente, os fungos são organismos heterótrofos e se alimentam de moléculas orgânicas retiradas da matéria orgânica. Essa matéria orgânica da qual eles retiram essas moléculas é proveniente de cadáveres e restos de plantas e animais. Por esse motivo, eles são chamados de saprófagos e, juntamente com as bactérias, decompõem a matéria orgânica, fazendo a reciclagem de nutrientes na natureza e impedindo o acúmulo de lixo orgânico.
Algumas espécies de fungos como o Agaricus campestris e o Lentinus edodes, conhecidos respectivamente como champignon e shitake, são amplamente utilizados no preparo de diversos pratos da gastronomia.
Além desses fungos, há os que são utilizados na fabricação de queijos, como o Penicillium roqueforti,utilizado na produção do queijo roquefort, e o Penicillium camembertii, utilizado na fabricação do queijocamembert.
Já as leveduras, como o Saccharomyces cerevisae, são empregadas na fabricação de alimentos como pães, roscas, bolos etc. Elas são utilizadas como fermento, pois conferem à massa leveza e maciez. Em bebidas alcoólicas, como a cerveja, uísque e saquê, o Saccharomyces cerevisae também é empregado, mas na produção de vinho, o fungo utilizado é o Saccharomyces ellipsoideus.
Além de serem importantes como decompositores, na indústria alimentícia e de bebidas, os fungos também são muito importantes na indústria farmacêutica, na produção de antibióticos como a penicilina, descoberta por Alexander Fleming no ano de 1929, que é amplamente empregada nos dias atuais.

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

segunda-feira, 23 de março de 2015


A importância dos fungos e líquens


Como é de nosso conhecimento, os fungos exercem excelente papel na reciclagem de substâncias orgânicas do ambiente. Tal capacidade pode ser vista por algumas pessoas, em determinados casos, como uma desvantagem - já que estes podem, por exemplo, contaminar cereais estocados ou destruírem artefatos de couro e madeira. Além disso, o fato de serem agentes causadores de micoses, alergias, e de ferrugens de plantações, fazem com que nem sempre tais organismos sejam vistos com tanta simpatia.

Este artigo tem o intuito de apontar o, digamos, “lado bom” desses seres heterotróficos, filogeneticamente mais próximos dos animais do que das plantas.

Indivíduos do gênero Penicillium, por exemplo, são capazes de produzir substâncias que agem no sentido de combater determinadas bactérias, como as causadoras da tuberculose, sífilis, meningite e gonorreia. Esta, descoberta em 1928 por Alexandre Fleming, é considerada pelos médicos mais antigos como o maior milagre da medicina, já que foi capaz de tratar diversas doenças que, até então, eram consideradas incuráveis.

Já espécies pertencentes ao gênero Aspergillius podem auxiliar na fabricação de progesterona e de ácido cítrico; e na confecção de determinados tipos de queijo, como os Roquefort e Camembert. Graças a este grupo, o saquê, missô e tofu puderam fazer parte do cardápio de diversas pessoas no mundo. Champignons, bastante apreciados na culinária, inclusive na cozinha vegetariana, pertencem ao gênero Agaricus e são bastante ricos em proteínas.

Leveduras, fungos unicelulares, podem ser úteis na fabricação de bebidas alcoólicas, como cervejas e vinhos (gênero Saccharomyces), e também nos processos de panificação, provocando o aumento da massa de pães.

Diversas plantas vasculares exercem relação de simbiose com fungos, em suas raízes. Esta associação – micorriza - confere uma melhor absorção de nutrientes e água pelo vegetal que, em troca, fornece energia e carbono a esses organismos.

Ainda sobre relações ecológicas, não podemos deixar de fora os liquens: associações mutualísticas entre algas, principalmente cianofíceas, e algumas espécies de fungos.

Certos tipos de líquen podem ser úteis como fontes de alimento, ou mesmo na fabricação de corantes, como os do papel de tornassol (utilizado para medir o pH de substâncias). Além disso, podem fixar nitrogênio; são bioindicadores da qualidade do ambiente e executam papel primordial nas sucessões ecológicas, uma vez que propiciam a chegada de outros organismos no ambiente, ao degradar rochas, auxiliar na formação do solo e ocupando o ambiente como seres pioneiros.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

domingo, 22 de março de 2015

Reprodução assexuada nos fungos



Os fungos são organismos aclorofilados, eucariontes e heterotróficos, bem diferentes de animais e vegetais, que, juntamente com as bactérias, são os principais “lixeiros” da natureza, pois por decomporem matéria orgânica, não deixam acumular lixo orgânico, além de propiciarem a reciclagem de nutrientes no ambiente.
A reprodução assexuada nos fungos pode ocorrer de três maneiras, por fragmentação, brotamento eesporulação.
A fragmentação é um tipo de reprodução assexuada muito simples que ocorre em certas espécies de fungos. Nesse tipo de reprodução, o micélio (conjunto de hifas) se quebra, graças a fatores bióticos ou abióticos, dando origem a clones.  
O brotamento, também chamado de gemulação, é outro tipo de reprodução assexuada que ocorre em fungos, como o Saccharomyces cerevisae. No brotamento, o fungo adulto emite brotos ou gemas laterais que se desenvolvem e podem ou não se separar da célula original.
A esporulação é um tipo de reprodução assexuada realizada por diversas espécies de fungos, como oRhizopus. Na esporulação, os fungos possuem estruturas chamadas de esporangióforos, que nada mais são do que hifas especiais que saem de determinados pontos do micélio. Na extremidade de cada esporangióforo, encontramos o local onde são produzidos os esporos, que é chamado de esporângio.  Quando os esporos estão maduros, o esporângio adquire coloração escura e se quebra, liberando os esporos no ambiente. Os esporos são células haploides de paredes resistentes que, por serem muito leves, são disseminados pelo ambiente através do vento, água, animais, homem etc. Quando esse esporo encontra um local com condições ambientais favoráveis, ele se desenvolve, originando um novo micélio.
Os fungos do Filo Ascomycota têm suas hifas especiais chamadas de conidióforos e seus esporos chamados de conídios. Já os fungos do Filo Cythridiomycota, que são, em sua maioria, fungos aquáticos, formam esporos chamados de zoósporos, que são dotados de um flagelo para melhor dispersão na água.

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

sábado, 21 de março de 2015

Doenças Fungicas


Muitas espécies de fungos são capazes de causar doenças em vegetais e animais, inclusive da nossa espécie. Encontrados no ar, em plantas, solo, água, alimentos, animais e objetos inanimados; podem colonizar a pele, genitais, e trato gastrointestinal e respiratório.

Alguns fungos, como a Candida albicans, vivem em nosso organismo sem, no entanto, causar danos. Porém, em casos onde há um aumento de sua população, estes organismos podem causar danos à pessoa acometida. No caso da candidíase, nome dado à infecção desta espécie de fungo, o indivíduo paciente tem corrimento genital de aspecto semelhante a requeijão, coceira e dor ao urinar.

Apesar de serem bastante incômodas e, geralmente, de tratamento mais longo do que o indicado para outras infecções, doenças fúngicas raramente oferecem risco de vida a pacientes saudáveis. Entretanto, até mesmo uma micose pode se mostrar como ameaça à vida de indivíduos imunocomprometidos, tais como soropositivos, indivíduos que sofreram queimaduras extensas, portadores de diabetes e leucêmicos. Infecções fúngicas são, inclusive, uma das principais causas de morte em pessoas nestas condições.

Fungos do gênero Aspergillus, por exemplo, são bastante agressivos, podendo comprometer os brônquios e, em casos mais raros, sistema nervoso central e o trato gastrointestinal. Alguns fungos podem, também, liberar toxinas – as chamadas micotoxinas. Estas, além de reações alérgicas, podem provocar, a longo prazo, doenças renais e hepáticas.


Pano branco :

A pitiríase versicolor é uma micose de pele muito comum provocada pelo fungo do gênero Malassezia. A pitiríase versicolor também é conhecida pelos nomes pano baco, micose de praia ou tínea versicolor. O pano branco não é uma doença contagiosa, portanto não há transmissão do fungo de uma pessoa para outra.

Candidíase em homens :

A candidíase nos órgãos genitais é uma infecção muito frequente nas mulheres, mas pode também acometer homens, sejam eles crianças ou adultos. A candidíase no homem se manifesta como uma balanite, que é a inflamação da glande. Se houver também inflamação do prepúcio, a infecção chama-se balanopostite por Candida.




Sapinho na boca/candidíase oral :


A candidíase oral, chamada popularmente de sapinho, é uma infecção da orofaringe provocada pelo fungo Candida albicans. Ao contrário do que muita gente pensa, a candidíase na boca não é uma problema exclusivo de pacientes com HIV.





Frieira :

A dermatofitose dos pés, conhecida também como tinea pedis, frieira ou pé de atleta, é a micose de pele mais comum no mundo. A frieira é uma infecção por fungos, que ataca preferencialmente a sola e os espaços entre os dedos dos pés.


Micose :


Micoses são infecções causadas por fungos que atingem a pele, unha e cabelos. Na verdade, alguns tipos de fungos vivem naturalmente em nosso corpo sem causar qualquer tipo de sintoma. No entanto, se eles começam a se reproduzir rapidamente podem causar doenças.